Loucura própria.

Conhece aquela frase "o perigo mora ao lado"? Pois bem, no meu caso, o perigo mora em minha própria alma. Sou uma completa assacina de mim mesma. Algumas horas junto a minha mente - como se não soubesse do perigo - me injeto drogas, com esse turbilhão de coisas inefáveis. Quero voar mas me prendo instantaneamente, e me enclausuro em um mundo só meu. Caibo em uma pequena caixa mas um mundo não é suficiênte para meu ser. Medo, covardia ou fraqueza, realmente não sei dicernir se eles são meus amigos ou meus inimigos. Como amigos, me livram da mente instável e descontrolada das outras pessoas (como a minha), mas, como inimigos, eles me destroem. Passagens se abrem dentro do meu interior, e eu me confundo cada vez mais com o caminho que devo seguir. Dizem que olhos transparecem a verdade, mas se fosse assim, me chamariam de louca. Já devem me chamar. Agora, lhes deixo uma grande pergunta: como me livro de mim?

Julia Machado
Enviado por Julia Machado em 16/04/2012
Reeditado em 16/04/2012
Código do texto: T3616253