A Angústia de um Pecador

A Angústia de Um Pecador

Será que eu um simples mortal pecador mereço tanta coisa boa que Deus me Deu ? será que eu não sei agradecer todo o sofrimento que Jesus teve por mim, por você, por todos nós ? Não sei ao certo a resposta, o vazio rompe a barreira de meu coração, e tudo, tudo, parece desmoronar, como um terremoto em sua mais alta escala, como um trator em um estágio final de uma obra, como um filme de terror que não termina, ou um pesadelo em que não se acorda!!!

Tudo que tento fracassa ? todo o amor que dei ao próximo não foi suficiente ? todo o amor que eu recebi não soube valorizar ? o que aconteceu comigo ? o que ocorreu conosco ? parece ter desabado dentro de meu corpo um tanque de petróleo em alta combustão, em minhas veias fico sufocado, sem respiração, não consegui encaixar em meu cérebro algo tão simples, saber viver a vida, mesmo sem saber as vezes me divirto, as vezes me sinto perdido, as vezes sonho acordado, levito em meus pensamentos um mundo irreal, uma luz no fim do túnel, um abismo em que eu posso saltar, um vôo para a felicidade, mas ainda distante..... A sensação de mau estar permanece!!!

Como conseguir curar tantas feridas ? como sair dessa confusão mental ? como ser grande em um mundo onde só os fortes sobrevivem ? Será que eu preciso ser um super homem ? não sei a resposta, ironicamente me pergunto, - sou burro por não saber ? talvez o fogo e a destruição queimada na floresta transformada em meu corpo tenha deixado rastros, mistérios, enigmas, embarquei em um navio a naufragar, em um avião que não consegue pousar, em um trem que descarilha, em um carro que vira, em um passado que me atormenta, em um futuro que ainda desperta um sonho, sim um sonho, claro, todos nós somos sonhadores, se você está na primeira laje de sua primeira obra você viaja como um empreendedor, deixa sua cabeça girar como um carrossel, acende-se a luz da esperança, mas.... por completo não sei se consigo chegar...

Acordo tenso, preocupado, falo com alguém acima das nuvens, mais poderoso que o Sol, que enfrenta qualquer tempestade, e ele parece querer me dizer o quâo injusto eu sou, comigo mesmo ? com todos ? pode ser, mas tenho certeza de que com alguns não, a injustiça sobre mim prevalece, como um inocente condenado, sem uma liberdade própria, como uma escravidão sem a princesa para libertar, ficando carente, sofrendo, esmagado como uma barata ou apenas sendo acimentado em próprias terras sagradas e divinas, sabendo que posso ser mais do que eu sou, mas as minhas forças não superam o meu temor, o meu fôlego não me deixa tentar, eu não consigo alcançar, o espelho debocha de mim, fui vencido por uma batalha, não perdi a guerra, gosto de desafios, gosto desse jogo, mesmo sabendo que isso queima meu corpo.

Chego a conclusão que essa angústia não terá fim, sim, mas nunca diga nunca, pode ser que sim, espero um final feliz, sou grato por muita coisa, mas não me conformo com outras, não aceito minha personalidade, não entendo por quê tudo vem na hora errada, ou a solidão me maltrata, dilacera meus órgãos, deixa em mim uma dependência física consumida, mas eu irei encontrar o caminho certo, no lugar abençoado, no piso sagrado, com a princesa ao meu lado, sempre guiado, mesmo sabendo que fui injusto, que fui um pecador, mas sabendo que a maré também a mim foi covarde e quase me carregou e continua tentando me levar, oh Céus, não deixe isso acontecer, ela continua me dando sustos, tenho medo de me afogar, eu não sei nadar, mas quem sabe dentro d´agua eu consiga encontrar a paz que eu preciso e o conforto e o alívio dessa triste noite sombria e vazia. Realmente sou um mau agradecido.

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 30/04/2012
Código do texto: T3640979
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