AUTO-ANALISE

Não quero de mim o que em mim não exista

Quero apenas o que tenha em meu âmago

Para que assim possa conhecer a mim mesmo

E não me perca em meus próprios devaneios

Quero buscar o meu “eu” há muito perdido

Reparar os meus muitos e vazios desatinos

Talvez aja em meu ser meu próprio paraíso

Ou quem sabe uma saída de emergência

Que possa de mim mesmo me libertar

Há solidão em tudo afora de minha alegria

E a tristeza mora ao lado da mesma

Mas sempre poderei romper esse vácuo

Aprenderei a portar-me como eu mesmo

Meu sol interior permanece incolor e inaudito

E teu calor de minhas entranhas vive fugidio

Mas não são imunes meus desejos e vontades

Pois sinto em mim o germe de um novo florescer

A semente de um novo e perfumado renascimento

Amanhã é o hoje de meu ontem perdido no tempo

E tempo é uma coisa que não se pode agarrar

Não que eu queira descobrir-me perfeito

Apenas tenho em mim o desejo de descobrir-me

E talvez nunca atinja meus os meus objetivos

Sem ter o teu ser totalmente equacionado em mim

Talvez você nunca entenda esse meu querer-te

Mas querer-te é só o que quero para ser eu mesmo

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 10/05/2012
Código do texto: T3660840
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