Podres Poderes!

Acredito que toda forma de amor vale à pena, como acredito que há sempre algo de podre em qualquer reino, porque nada pode ser límpido onde as sociedades sejam extratificadas e a decisão única, absoluta e incontestável.

A legítima fonte de poder é o SABER progressivo, gradual e infindável. E é por isso que hoje em dia cresce o número de iniciativas burguesas para a alienação coletiva, fazendo-nos acreditar que nada pode ser aprendido ou pensado além de colado, copiado, fraudado. Pensar o que já foi pensado é aprender com as próprias experiências; pensar o que não foi sequer cogitado é inovador e genial. Ficar parado olhando para o teto sem pensar em nada isto sim é revolucionário e contra-cultura vigente. Fazer pela nossa própria conta e vontade chega a ser subversivo se olharmos o mundo globalizado tão robotizante e ditador de um funcionamento diuturno, castrador, não-humano.

O ócio é necessário para que dele nasça a inventividade, o não imaginado, o novo.

A proposta não é fazer a revolução, fazer a hora ou deixar acontecer. A ordem do dia clama pela tomada do silêncio interior, pela atitude de se deixar ouvir o clamor de nossa alma e só então experimentar a tomada de uma vertente humanística e humanizada, posto que somos humanos e não, máquinas.

Peço que acalmemos nossos corações e aprendamos a nos ouvir no silêncio de nossos pensamentos e emoções. Libertemo-nos pelo pensamento e pela leitura transensorial.