Noite Imcompleta

A insônia me consome, me derrota, me forja no leito de uma manhã sombria, me trata com destrato, tira-me o prato do café da manhã, embaça o retrato a ser tirado, me conduz a ser único em meio a espectadores convencionais, os racionais dormem e eu ao relento... sinto o vento, vivo na penumbra de meus anseios, tenso espero meu cortejo, caio para fora de minha arena, onde sempre fui campeão, mas hoje não... esforço-me para nada, me furo com a faca de ponta cega, coalhado está o sangue desta espera, repouso sobre incertezas perturbadoras, mas não há nada o que fazer, já me acostumei a tecer a vestimenta da insônia que atenta meu ser.

Diego Drão
Enviado por Diego Drão em 19/07/2012
Código do texto: T3785873
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