Redomas da Mente

Estive pensando; em como somos prisioneiros; prisioneiros das circunstâncias, de nós mesmos, do mundo à nossa volta que teima em ditar posturas e de tantas outras coisas. Não estou falando de uma prisão física, para nosso corpo, e sim de uma para nossa mente; as rotinas, os vícios, as paixões e até mesmo as idéias (se não forem trabalhadas, lapidadas e filtradas) funcionam como grilhões que nos acorrentam sem que tenhamos conhecimento disso.

Essas corrente tais como tantas outras que existem em nosso dia-a-dia, nos impedem de “voar mais alto”, acima das nuvens e nos deixam com uma falsa sensação de mundo.

Imagine uma pessoa dentro de uma grande redoma; inegavelmente há espaço para que ela se locomova, mas esse espaço, por maior que seja, ainda é limitado, controlado.

Passando esse raciocínio para a “esfera mental”, podemos aplicá-lo. Os elefantes quando pequenos, são presos a fortes grilhões e postes pesados, eles tentam sem sucesso fugir destruindo tais cadeias; durante anos tentam em vão. Quando tornam-se adultos, portanto, com força suficiente para destruir as correntes e postes, mesmo que sejam presos a frágeis galhos de árvore, eles NÃO TENTARÃO FUGIR, pois se lembrarão do vão esforço que fizeram durante toda sua vida sem sucesso. Estão dentro da “redoma”.

Conosco é semelhante; eu experimentei tal fato na minha vida, até ter meus olhos abertos para isso e com muita relutância reconhecer; e posso afirmar que deixei no passado muitas redomas da minha mente, porém, há outras que ainda devo deixar.

Em outra época disse meu mestre: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.*

Agora começo a arranhar com meu entendimento o real significado dessas sábias palavras, e seus resultados.

Luiz Cézar da Silva
Enviado por Luiz Cézar da Silva em 12/02/2007
Reeditado em 13/02/2012
Código do texto: T378841