Ser

Desisti de ser quem era, simplesmente porque não sei quem sou. Hoje percebi que não era tão forte quanto ontem, amanhã posso perceber que não sou tão fraco quanto hoje. Que metamorfose maldita encontra-se em mim? habita-me de forma tão branda e intensa que não sou capaz nem mesmo de percebê-la. Éis que isso chamado "ser" devia nunca nem mesmo ser falado, porque talvez não exista, o que existe mesmo é algo que nunca é igual ao que foi, logo não pode ser "ser", apenas algo que muda tão depressa como a própria natureza que nos cerca.

TAS
Enviado por TAS em 26/07/2012
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T3797510
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