AMO
Quem ama, acostuma-se a dor latente no lado esquerdo do peito.
Acostuma-se ainda ao nó na garganta, e a umidade que insiste em querer sair pelo globo ocular. Acostuma-se ao pernoitar na solidão dos pensamentos. Acostuma-se a cama fria no inverno. Acostuma-se, a conformar-se em esperar que o verão chegue.