Escolhendo o falso

Toma sua liberdade e escolha. Não tenha medo. Vai poder tudo, mas sem ficar com nada. Hoje as coisas não são para durar... O que dura é conservado, escondido e caçoado. Não tome o tempo. Deixe-o carregar. Monte e em desvario faça do proceder algo incompreensível, inerente à sua inquietude alucinada...

Finja a indiferença perante o holocausto, no certame se distingua pela habilidade de burlar a regra funcional. Não te oriente pelo abuso liquidado, seja petulante e desfigure a harmonia acomodada nos alicerces arenosos.

Seja impaciente e precipite a desilusão rompendo os preceitos; seja magnânimo da natureza criativa e espontânea, desfaça da criatividade elaborada e forjada.

Seja tua regra,

Seja tua rota,

Seja tua estrada,

Que impõe a sua volta...

Não permita a aquisição dos fanáticos daquilo que desconhecem. Soprando aos quatro cantos quebre com a estrutura orgânica do descaso: se importe. Daí o primeiro passo será o absurdo.

O absurdo de ter o que não se pode...