INSONE



São tantas as teias que o destino lança, que inquieto-me nessas horas mortas em que o dia quase ganha vida.
Saio do refúgio dos cobertores com o corpo cansado de buscar o sono que arredio não vem!...
Olho para o nada buscando respostas às perguntas que bem sei não serem somente minhas...

O discernimento sempre foge da razão quando a questão é o coração!
Estarei amadurecida demais para me dar ao luxo de errar?
Ou seria hora enfim de correr o risco do acerto?
Ah!... São tantas armadilhas!...
Medo? Não! Bem sei da coragem que faz de mim uma guerreira!
Talvez precaução...
Se viver uma história indevida talvez não me perdoe:
errar a esta altura é tentativa de suicídio!
Contudo, vai que o senhor do destino aguardou até agora o meu premio pela perseverança?
A verdade que trago intimamente é o desejo de novos desafios,
essa vontade de conquistar e ser conquistada,
de fazer com que os dias se diferenciem para que eu possa me sentir viva!... Vibrante!... Desejável!...
Quando essas vértebras que me mantem erguida se intercalam,
fico insone!
Razão e coração:
Abrir a porta ou deixá-la fechada, ignorando o que está além?
Usar a chave ou jogá-la fora?
Melhor dormir com esse resto de noite...
Deixar todas as respostas para o tempo,
acordar pesada de dúvidas, mas feliz, por não ter ainda
desistido.



HERMÍNIA ROHEN
Enviado por HERMÍNIA ROHEN em 17/08/2012
Código do texto: T3834466
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