De frente com o mar.

Me sento aqui, de frente com você, grandioso montante de água azul, para questionar todas as infames loucuras das quais participei em minha pacata vida, todas as insanidades que tomaram meu ser por muitos instantes e eu, simplesmente, relevei tudo ao nível do esquecimento momentâneo. Valeram elas, todas a pena?

E com sua brisa você vem me alertar, molha meu rosto com suaves gotículas salgadas enquanto encontra o céu no horizonte e me grita que tudo o que eu vivi até hoje são reflexos de quem eu me tornei, de minha personalidade. Se foi bom ou se foi ruim, os pés nos chão ainda tenho, a razão domina a emoção, não deixei as loucuras me consumirem mas consumi todos os empecilhos dessa terrível passagem de um único caminho com tantos mistérios e tantas dúvidas: A vida.

E eu sei que sentado aqui, te encarando Mar, sentindo o seu cheiro, sentindo a sua areia por entre meus pés, eu questiono a mim mesmo esperando uma boa resposta e não a você, somente te uso como meu espelho grande e azul, o espelho de minha própria alma, talvez seu vento seja meu coração e me traga boas respostas, ou a luz do sol que reflete em suas águas venha me iluminar por alguns instantes e eu também sei que não encontrarei as respostas te encarando...

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 27/08/2012
Código do texto: T3852543
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