TRÊS BENS VALIOSOS

O materialista, aquele que não enxerga outro valor senão os bens materiais e o dinheiro, é um idiota. Desejar possuir algo para levar uma vida digna; querer dinheiro pelo seu valor instrumental (adquiri-lo como MEIO de satisfazer às necessidades, e não como o FIM em si mesmo), é sensato. Afinal de contas, não procurar ganhar dinheiro algum significa ser oneroso ou "pesado" a outrem. Isso não é desejável.

Porém, querer o "vil metal" ardentemente, veementemente, visando ao seu acúmulo, como a finalidade principal (ou exclusiva) da vida, e às expensas de todos e de tudo, eis a maior estupidez e tolice que o ser humano pode cometer. Se dinheiro realmente tivesse valor, uma, dentre estas três coisas, ocorreria: A pessoa levaria consigo seus bens quando morresse; não morreria; ou antes de morrer, para os materialistas que acreditam numa vida além-túmulo, compraria sua vaga no paraiso.

Então, o que realmente vale nesta vida? Para o sábio, estas três: O nome, a família (se for o caso) e a amizade.

Nome honrado (célebre ou não). Só se consegue ter um nome probo, quem pautar a vida segundo sólidos princípios éticos.

Família bem construída. Se constrói bem uma família quem se esforça para educar corretamente os filhos, acompanhado-os em todos os seus passos, amparando-os na queda, prevenindo-os de eventuais passos em falso, mas, sobretudo, com o exemplo. Pouco adianta dizer ao filho que mentir é incorreto, se um pai (ou mãe) de família vive o tempo todo mentindo.

Pode-se medir o valor de alguém pela quantidade de amigos que ele conseguiu obter durante a vida. Só obtêm amizades verdadeiras as pessoas de bons sentimentos. Somente pessoas de caráter nobre têm amigos. Companheiros de malfetorias têm comparsas, como bem observou Voltaire.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 29/08/2012
Reeditado em 01/09/2012
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