Prisão ao ar livre
Construí muita coisa em volta de mim,
Medo, aflição, insegurança, cinismo, culpa
Não via o que era de direito
O que tinha pra merecer
Houve muitas perdas,
As perdas de moral, de compaixão
Foi um barco á deriva, uma vela sem chama
Num caminho sem luz
Ao meu dia de vida
Sintia compaixão de mim
Pensando no que foi feito
No que ainda poderia ser resgatado,
E via que precisava confiar
Amar quem posso ser
Quem me pareço no espelho
O que ainda me tem de bom
Sendo o que for
O que restar de mim
Qual vida ainda posso agarrar
O que o sol ainda faz questão de me dar.