MORRE HEBE CAMARGO

No dia de hoje tudo o que se vê, ouve ou lê, gira em torno da morte da apresentadora Hebe Camargo, falecida nesta data de 29 de setembro. Homenagens chovem de todas as formas, com todas as letras e tons, por todos os meios de comunicação. Para quem representou a própria televisão brasileira, nada mais justo. Justificadas também as palavras de lamento, de tristeza, de lembrança, de admiração...

Ainda assim há os que denigrem e acham algo de ruim para ressaltar: era chata, de segunda categoria, artificial, sem graça, sem conteúdo. Críticas chovem também. De repente acham de relevar o que nunca teve importância. Há ainda os que acham que o mundo não perdeu nada, e até os que friamente arrematam: “Já foi tarde...”.

Opiniões diversas, a vida segue. Para cada um, diferentes visões. Quanto a mim, estou aqui lembrando: conheci Hebe através de uma figurinha, destas que a gente compra em pacotinhos fechados e vai pregando num álbum. Um quadradinho em branco e embaixo o nome: Hebe Camargo. Quando saiu a figurinha dela, eu não fazia a menor ideia de quem era. Pudera não saber sobre a loura bonita! Lá no fim do mundo não havia luz elétrica, nem TV, nem rádio, nem revista, nem jornal, nem nada. (só álbum e pacotinho de figurinha no “Empório do Neu”)

Por incrível que pareça, da mesma forma conheci Ted Boy Marino, que partiu também nesta semana... Tinha uma carinha de mocinho, o cabelo louro lisinho... Há coisas que a gente nunca esquece. Com o tempo soube melhor quem eram Hebe e Ted Boy, mas acho que sempre vou lembrá-los de um jeito muito especial: como figurinhas do meu álbum...

Pois é, tudo passa. Só não passam mesmo as dores por trás de tudo isso. Dores que doem sempre e têm um gosto longe de passado... Enfim, só resta pensar que pouco a pouco a hora de todos vai chegando. Até a dos que vibram quando a de alguém chegou primeiro...