APRENDI A VIVER...

As vezes é preciso estar sozinho; as vezes é necessário perder a fé. As vezes torna-se obrigatório guardar o coração num relicário e jogar as chaves no fundo do mar. As vezes percebemos que temos tudo, mas (ao mesmo tempo) que nos perdemos... e percebemos que essa perda faz que não tenhamos nada. Ontem eu pensei que sabia um pouco da vida; mas hoje, a beira do abismo, eu entendo que sabia muito mais do que aquele pouco que acreditava. Estive sozinho... perdi a fé... tornei obrigatório guardar o coração num relicário e jogar a chave fora. Perdi-me de mim mesmo! Não bastasse... deixei amigos, deixei amores, deixei ódio e também saudade. No contexto, nessa somatória de ser alguém, eu sempre fui eu mesmo - mesmo que para isso precisasse de muitas máscaras. Abri mão de estar próximo... e por necessidade ausentei-me. Andei o mundo mas nunca me encontrei. Pesando na balança tudo que fui... fui sempre o quis ser. E hoje, no abismo me lanço. Resgatei a fé... aprendi a viver, aprendi a voar. E diferentemente da sua vida de cristal... eu jamais irei me estilhaçar!