Dias como hoje

Adolescência. Pressão. Pressa. Facilidade. Correria. Vida. Felicidade. Confusões. Notas. Estudar. Empresas de celulares. Bancos. É tanta coisa, umas pequenas que parecem enormes nessa vida, coisas fúteis que parecem ter valor. Sentir-se confusa, perdida, sem saber o que fazer agora é quase normal. Escolhas. Dessas que querendo ou não, vão decifrar o rumo da sua vida.

Querer doce, salgado, azedo e amargo, tudo ao mesmo tempo e no próximo segundo já não querer nada. Querer entender, aprender, e conseguir, no exato minuto em que quer dormir. Querer o sim, o não, a certeza mas viver rodeada de indecisão. Confusão. É assim que alguma mente está agora, sem saber o que fazer, o que pensar, ou o que sentir.

Escrever, pois é um jeito de tirar esse peso, de tirar esse estresse que consome em dias como hoje, dias que não se está bem. Dias em que chorar não resolve, que gritar não faz diferença, que um objetivo é mais importante que palavras de consolação, dias que o amor e a felicidade estão escassos. Dias como hoje que haveria felicidade só de ter paz. Haveria felicidade só no passar das nuvens, das entonações do dia, dos detalhes que esquecemos de observar. Dias como hoje, em que a chuva, a noite estrelada, ou o pôr-do-sol são simples complementos irreparáveis, mas que deveriam ser a parte fundamental da felicidade e que são esquecidos por estarem afastados do que chamamos de essencial, ou melhor do que achamos ser essencial. Afinal, a vida sem essas belezas naturais não seria a mesma.

O mais importante não é como você está no momento, e sim como você quer estar. Foco. O que mantém de pé, o que mantém acordado esse sentimento de que nada é impossível quando se acredita, de que tudo vai dar certo e que essas tempestades irão passar. Que esse sentimento de que nada está dando certo é apenas uma fase, apenas um dia.

Júlia Farolfi
Enviado por Júlia Farolfi em 25/11/2012
Código do texto: T4004392
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