Nunca Me Disseram 
 
Quando eu era adolescente, o meu Pai foi muito rígido, severo ... você sabe como eram os pais de então. Assim, eu ficava meia perdida pois via minhas amigas e amigos fazendo coisas que também queria fazer, mas eu sempre com um pé (talvez os 2!) atrás por causa do Seu Chico! Ai ai ai!
Mas também tinha aquela sensação que o Biquini Cavadão expressa na canção:

Quando Eu Te Encontrar

NUNCA ME DISSERAM O QUE DEVO FAZER
QUANDO A SAUDADE ACORDA
A BELEZA QUE FAZ SOFRER
NUNCA ME DISSERAM
COMO DEVO PROCEDER
CHORAR, BEIJAR, TE ABRAÇAR
É ISSO QUE QUERO FAZER
É ISSO QUE EU QUERO DIZER



NUNCA ME DISSERAM 

A gente nasce, cresce com os pais sempre no nosso pé! Meio assim, guiando ou até traçando o nosso caminho. E aí, a gente fica entre a cruz e a espada, sem saber o que fazer, quem escutar, a quem recorrer.

Como devo proceder agora? Nossa! Deixaram eu na mão justo agora!(?) Mas, a vida não pára! E a gente vai junto com o fluxo, se perde, se encontra, desvia, faz a lição direitinho, bate, levanta, respira fundo, faz maldade, prossegue, quer luxo, só arranja lixo e dor de cabeça, paquera, leva um fora, leva o segundo fora, cansa, chora, renasce, ama, Deus há de ajudar, o bicho pega, odeia, sacaneia, pede perdão, faz a farra, fica doente, comete o mesmo erro a segunda, terceira ... sei lá quantas vezes! mas aprende! Volta pro começo, pede colo, se vira como pode, dorme fora de casa, aprende o que não deve, acha que aprendeu a lição, não aprendeu a lição, lamenta, reza um terço, tem amigos da onça, dá a volta por cima, é perdoado, desperdiça chances, aprende a ter valores, corre atrás do prazer, se faz de cego, segura as pontas, desaba, começa do zero, tesão já virou história, procura um amor, não faz sempre direito, muda a estratégia, muda os valores, busca possibilidades, agarra na ilusão, faz promessa pro Sto. Expedito, entende que nem tudo que quer vai ter, o tempo corre e escorre pelas mãos, faz meia-boca, a idade alcança, nem tudo é festa, enterra sonhos e gente que ama, se revolta, ressuscita, pede perdão, segue em frente, pára, pensa, olha pra trás, sobreviveu!

Karaka, Venezuela! Queria muito escrever! Adoro! Sempre gostei! Não sei porque parei. Mas, hoje escrevi pra você. Não sei se vai te valer alguma coisa, mas pra mim, eu adorei deixar aqui um pedaço de mim.

Obrigada por lêr-me! Te adoro demais! Beijos, beijinhos, beijões!
CALADA  EU
Calada Eu
Enviado por Calada Eu em 06/12/2012
Reeditado em 02/05/2013
Código do texto: T4022812
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