A DOR E O AMOR
 
Tenho uma grande amiga: A DOR.
 
Ela mora no meu coração ao lado de seu companheiro fiel: O AMOR.
 
São vizinhos, quase irmãos e inseparáveis.
 
Conheci primeiramente o amor,
ele me foi apresentado pelos ventos da vida que sopraram em minha direção seu aroma irresistível, inigualável e adorável.
 
Não conhecia seus efeitos e então me embebi de tudo que ele poderia me oferecer.
Convidei-o para adentrar no meu peito, sem temores e sem reservas.
 
Quando saciada em suas delícias me veio os primeiros sintomas de quem ama:
Desespero por saber que algo tão surreal não duraria para sempre;
Medo de perder o que ainda nem conhecia direito;
Duvida de ser ou não correspondida com a mesma intensidade por quem tanto amava;
E por final a DOR:
Essa me veio por ser parte inseparável do AMOR que, como um cavaleiro anda em companhia de sua dama, de mãos dadas, saciando um ao outro em todo tempo.
 
Não me arrependo em ter conhecido o AMOR, embora seu principal sinônimo seja mesmo a própria DOR, pois essas duas forças constroem o elo de nossas maiores sensações, de nossas maiores emoções...
 
Com isso entendi o maior mistério do universo:
"Não há quem sinta AMOR sem sentir pelo menos um pouquinho de DOR e muito menos quem sinta da vida a maior DOR se não for por genuín
o AMOR."