Domingo...

A vida anda muito complicada, os sentidos muito trocados, existe muita dor nos beijos e muito vazio nos abraços.

O domingo, para mim, tem uma dor particular. Me faz reencontrar, através do tédio, imagens de cenários críticos, ambíguos e pseudo-afirmados. Eu sou do tipo que espera muito, que alimenta a nostalgia, não pra me sentir perdoado, mas pra mexer nas cores desses céus semi-estáticos. Quem dera um mundo livre da "prioridade-ao-ego". Exércitos-de-um-homem-só, perambulando pela cidade, em fuga da liberdade, querendo abraçar a vida de outro como uma espécie de condecoração, como um galardão hipotético de um frenesi social besta nascido na indecência de valores baseados nessa moral idiota, que mergulha o homem no vazio, e o faz permanecer lá. Oxalá uma vida forjada na beleza da infinitude, desenhada no prolífero vale do cosmos... Assim como era antes das mentiras, antes da necessidade de estarmos certos.

Tomverter
Enviado por Tomverter em 06/01/2013
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