Chão de Pedra

No sonho nós somos tudo. Somos de tudo um pouco, conseguimos andar nas montanhas mais íngremes, cantar nos mais altos tons, sermos a mais bela pessoa que conseguimos imaginar. Aí vem a realidade - dura, fria, e cruel. Ela vem, sorrateiramente se aproximando, até que te derruba da crista da sua onda inatíngivel. Então você sente o chão, o chão áspero ralando teus joelhos e te dizendo que isso é apenas o começo. Muito sangue ainda será respingado, muita pele secará. E pra quê, você se pergunta. Se o sonho está morto, do que vale andar aqui? Não vale nada. Cabe a nós fazermos valer, com todas as dores que temos direito.

Letícia Castor
Enviado por Letícia Castor em 20/01/2013
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