Raiva

A raiva é um sentimento negativo que esconde atrás do medo e se enche de coragem. Às vezes tropeçamos em situações ‘gritantes’ e ignoramos por conveniência alheia à nossa vontade individual ou social. O homem é nutrido por este sentimento para esconder-se atrás do medo que o aprisiona e através de uma covardia externa transfigura seu próprio ser na forma de selvagem. O olhar do outro desalinha a postura tão moldada eficazmente e as decisões conscientes e acertadas se embrulhadas de sensatez e conhecimento mudam a roupagem independente da ocasião temporal. Mesmo que os rumores são escondidos e novamente a poeira se assenta debaixo do tapete, a consciente atitude pode ser adiada, não intencionalmente mudada. O ‘empurrar com a barriga’ gera o conflito existencial do que poderia ser e mesmo querendo fechar os olhos, a ‘bagunça’ grita dentro de você, roubando-lhe o sono e a paz, se vencido o medo com sensatez venceria estes corrosivos sentimentos. É uma pena que o homem não vive de sua sensatez para romper com sabedoria e equilíbrio as decisões. É difícil admitir o fracasso pra si mesmo, enganar o medo e manter-se no ‘poder’ funcional pode permutar a insistente e ilusória vitória. É normal para quem batalha esperar pela glória, mas não se deve batalhar para ser gloriado, pois, nesta guerra pode haver feridos, cicatrizes que ficarão no corpo e na mente sendo esta guerra de tempo indomável, ninguém sai dela vencedor, falta sabedoria. A raiva é inimiga das atitudes e das sábias decisões, pois para manter a decisão precisa de nutrir o ego de raiva para se sustentar. Quando a mente esfria e a euforia desiste de sua força restam decisões sábias que não são sustentadas pela razão da raiva. Ficam os pensamentos verdadeiros e inteligentes movido pela razão equilibrado pela emoção. O agente movido pela raiva detém instintos de irracionalidade por não conseguir assimilar seu sentimento temporal com seu sentimento intencional vencendo o que prevalece momentaneamente a decisão, da raiva. Consiste em buscar a força que não tem pra fazer o que não quer. Não obstante seja necessário, só é preciso sensatez para transformar uma atitude desastrosa em sábia. É preciso moldar os pensamentos quando a mente está fria, reconhecer os nãos e os porquês e quando a mente mantém em comunhão com a decisão, o coração se isenta das frustrações, a chance de erro é bem menor. Tem coisas que dá pra concertar outras não. Se valha a pena tentar? Por que não? Se esvaziar um pouco o ego da glória quem sabe o relaxamento de uma ignorância cabe à percepção que nem sempre ganha quem vence. O que parece um perdedor é uma luxuosa mente cheia de paz de espírito conhecedor de si e vencedor dos medos.

adiv
Enviado por adiv em 20/01/2013
Reeditado em 21/01/2013
Código do texto: T4095525
Classificação de conteúdo: seguro