A estranha

A estranha chegou

Nas asas da dor chegou
Acabou a inocência cheia de certezas
Espalhou sua bagagem e a moradia ocupou
Acabaram-se os sonhos
Nem os pesadelos se atreveram a ficar
Nada de letras a juntar, chega de criar
No espelho não se atrevia a olhar
De lá a estranha sempre a lhe saudar
 Seu baú sem cuidado com seu conteúdo bem fechado
Jogado no sótão do esquecimento bem trancado
Desfila o tempo num mundo sem sonhos
Segue  pela vida  com a luz da alma apagada
Seja noite, ou seja, dia
sempre na escuridão mergulhada

Sorrisos que nunca chegam aos olhos
Olhos opacos ansiando vislumbrar a luz desejada


(Inspirado em um capitulo do meu livro Encruzilhadas)


 
Su Aquino
Enviado por Su Aquino em 01/02/2013
Código do texto: T4117819
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