Anima XVIII (Kismet - Destino)
Possua-me mais uma vez
E me deixe de novo à beira da morte
Faça meu coração bater mais rápido
E meu corpo pegar fogo, faltando o ar
Minha criança, você sentiu o gostinho
Do que faço na minha escuridão?
Mas é a única coisa que resta
Pois sou o senhor do meu Caminho
Este corpo é apenas o limite carnal
Evoluo porque sou muito mais do que isso
O veneno pode ser inoculado e matar
Mas cabe a vítima desesperar, pedir ajuda ou relaxar
Vamos, odeie-me, arranhe-me, sinta-me!
Gema como você nunca gemeu
Faça-me sentir sede, ouvir seus gritos, dominar seus sentidos
Fazer acontecer sem ter forças suficiente para prender você a mim
Conte-me como você é longe dos meus olhos, boca e braços
Mostre-me o que tem em mente que não sei ainda
Será que tudo isso era o que eu imaginava?
Será que apenas isso era o que eu queria que você imaginasse?
Adivinhe-me...
[Algumas palavras antes de você partir]
Estarei rezando por você, à minha maneira
Daquela que falo antes dos meus sonhos
Que você ouve muito bem toda noite
E aparece nas minhas ausências diárias
Cante para mim sobre a chuva e o inferno
Uma manhã que não se acaba no pôr-do-sol
Vamos lá, minha criança, faça um desejo
Não fixe seus olhos na vitrine com uma vontade
O preço não é dito porque não será pago
As rosas agora são marrons, como a cor do meu signo
Este é o momento de hibernar
E só ressurgir no inverno
As lágrimas não caem
Ao contrário, me alegram, me deixam feliz todo o tempo
A magia das letras e das notas são meu vício diário a cumprir
Minhas companheiras de existências
Merlin, meu querido, venha e me possua
Todo o tempo estou lhe esperando
Meu túmulo te aguarda para o sono eterno
As cobras te aguardam comigo para ser meu sol
"DECIFRA-ME OU TE DEVORO"
...Pois o amor sempre vai nos separar...