Anima XVIII (Kismet - Destino)

Possua-me mais uma vez

E me deixe de novo à beira da morte

Faça meu coração bater mais rápido

E meu corpo pegar fogo, faltando o ar

Minha criança, você sentiu o gostinho

Do que faço na minha escuridão?

Mas é a única coisa que resta

Pois sou o senhor do meu Caminho

Este corpo é apenas o limite carnal

Evoluo porque sou muito mais do que isso

O veneno pode ser inoculado e matar

Mas cabe a vítima desesperar, pedir ajuda ou relaxar

Vamos, odeie-me, arranhe-me, sinta-me!

Gema como você nunca gemeu

Faça-me sentir sede, ouvir seus gritos, dominar seus sentidos

Fazer acontecer sem ter forças suficiente para prender você a mim

Conte-me como você é longe dos meus olhos, boca e braços

Mostre-me o que tem em mente que não sei ainda

Será que tudo isso era o que eu imaginava?

Será que apenas isso era o que eu queria que você imaginasse?

Adivinhe-me...

[Algumas palavras antes de você partir]

Estarei rezando por você, à minha maneira

Daquela que falo antes dos meus sonhos

Que você ouve muito bem toda noite

E aparece nas minhas ausências diárias

Cante para mim sobre a chuva e o inferno

Uma manhã que não se acaba no pôr-do-sol

Vamos lá, minha criança, faça um desejo

Não fixe seus olhos na vitrine com uma vontade

O preço não é dito porque não será pago

As rosas agora são marrons, como a cor do meu signo

Este é o momento de hibernar

E só ressurgir no inverno

As lágrimas não caem

Ao contrário, me alegram, me deixam feliz todo o tempo

A magia das letras e das notas são meu vício diário a cumprir

Minhas companheiras de existências

Merlin, meu querido, venha e me possua

Todo o tempo estou lhe esperando

Meu túmulo te aguarda para o sono eterno

As cobras te aguardam comigo para ser meu sol

"DECIFRA-ME OU TE DEVORO"

...Pois o amor sempre vai nos separar...

Ricardo Costa
Enviado por Ricardo Costa em 17/02/2013
Reeditado em 17/02/2013
Código do texto: T4144332
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