Mágoa e fraqueza
Somos, fomos e sentimos
Aguardei em silêncio
Num tenebroso desconfortante, amigável
E forte vontade de desistir de tudo
Terminei meus males nos males
Foram eles que me derem de comer
De dormir, de gritar pra parar de gritar
Não sentia tanta mágoa em muito, muito tempo
Podendo parecer ignorada e chateada
Ao dia de não dizer uma só palavra
No instante em que se quer dormir
Sem ter a vontade de abrir os olhos
Ficar deitada na cama, contado o teto
Acalmar os sonhos, as línguas más
Tudo que sem querer, e querendo fazer
Fez tudo isso acontecer sem saber do seu início,
Mas na espera do seu fim, somente por existir
A imagem feita de água corrente, grama verde, selva e flores
Na calma de uma manhã sem o nascer do sol afluente
Acalmando um aqui que não existe mais aqui,
Mesmo que afogue nas águas,
Eis que a mudança pode ser ligeira
Sem se tornar muito forte e perigosa
Ao menos uma vez em toda uma vida de fraqueza,
Chega o momento da força, da volta em coragem
De uma novidade que custava aos ouvidos
De um abraço que faltava mais carinho e doçura,
Pra se tornar mais de verdade.