Psicodelia delirante

Desencadear sensações com cadeados falsos...

Dormir com os olhos abertos esperando o sono chegar...

Arrumar duas, três, quatro... Quebrar cinco...

Olhar para quem olha pra mim com espelhos reais...

Olhos doloridos e verdes tornam-se vermelhos... Quando olhos

vermelhos querem ser verdes...

Psiu!... A palavra quer palavrear...

Chamem os bombeiros, há fogo no sofrimento...

Depois que o sol for dormir, deixe a lua acordar quem adormece sob a luz verdadeira...

Amanhã será o dia que eu nunca espero...

Os relógios nunca fizeram tic-tac...

Versejo versos inversejáveis...

Hoc falsum...

E a terra é escura já dizia o outro...

Desmoralizar indesmoralizáveis...

Na distância mede-se a saudade...

Corroer incorrosíveis...

Soletrar palavras ao vento quente... E mormaços e mormaços...

Poços fundos ecoam seu grito...

Línguas e olhos são a mesma coisa...

O inverso do inverso é o verso certo...

Fernandes Carvalho
Enviado por Fernandes Carvalho em 07/04/2013
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