De um jeito inexplicável...

Muito do que vivemos hoje vem de um longo percurso. Entre idas e vindas, a vida sempre nos presenteou com grandes e inesquecíveis reencontros. Reencontros que foram antecedidos e marcados pela paciência e muito respeito ao momento de cada um. Assim, tudo começou por uma grande amizade, de um jeito bem casual, quase inexplicável. A cada reencontro tudo floresce de novo e de novo... A euforia do momento faz com que as palavras se esbarrem uma nas outras, e a ansiedade fala mais alto.

Experiências vividas e compartilhadas nos fazem refletir e nos levam direto para um pensamento mais amadurecido, longe das angústias causadas por repentes de raiva, que no momento não vem ao caso comentar. Agora todos os segundos se transformam intensamente em pérolas agradáveis e preciosas das quais passamos uma vida inteira na expectativa de tocá-las ou simplesmente percebê-las já nos basta.

Todas essas palavras são autenticamente minhas, porém neste instante tomo a liberdade de citar Cecília Meireles “Pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças.”

No silêncio muitas vezes já ficamos, brigamos, porém nos bastou apenas um pouco de tempo e tudo foi substituído por aquele sentimento, que te faz voltar atrás, rever alguns conceitos e perceber a verdade por trás de tudo isso. Em poucas palavras, tudo vira uma imensa saudade, saudade do jeito que você me olha, do jeito que conversa comigo, da verdade exposta em seus olhos... Mas falando em verdade, na verdade a vida sempre nos deixou assim, frente a frente, nos testando desde o primeiro instante. E aqui estamos nós, nesse eterno emaranhado, neste eterno reencontro...