PENSAMENTO!
Pensamento.
Dissipar-se, deságuam suas afeições
Pretensão tendenciosa involuntária
Não mais ordinários do seu eu, o seu
ser, enquanto se julga amanda.
Seus limites, seu breque assola,
maltrata flagelando-se, pois seu coração
já não o respeita mais.
Isso por amar incondicionalmente...
Pensativo e sem alma vaga contra os ventos
como zumbi mesmo a luz do dia.
Matuta mil maneiras de coincidir com os
encontros, sacia-se só de olhar como um
gole de cachaça para seu dependente.
Dependente do querer, que mata e maltrata
sua paixão.
Sei lá parece uma guerra travada entre seu
eu e desejo.
Seu apetite feroz compulsivo o faz chorar
sem o ter.
Só a promessa que caiu no descrédito.
Mas canta, canta sua solidão, ensaia sua alegria.
Supera suas aflições depois do remédio degustado
O remédio do tempo que no geral cura qualquer
angustia.
Escrito em 16 de dezembro por Orlando Oliveira.