Da morte a vida.

A noite, quando escurece me enfurece me aguarda,

O beco sem saída me pega me estrangula,

E por fim e frágil me finjo de morta

Mas o delírio não me deixa racionalizar

A morte chega com som e cheiro,

Me inebria e elucida o som do beijo,

Aquele que um dia me pegou despreparada,

No instante que não me cuidaram

O frágil e doce encantar me sobrepõe o tempo,

mas as minhas meias três quartos aindas estão presentes

Na sensação de querer um colo para ninar

O que me resta é o espelho do grito

Da força da águia

Do objetivo a encontrar

Das filhas que me esperam

e do exemplo para os que sirvo

Portanto me resta sobreviver

sorrindo, mascarando, sentindo e chorando,

brigando, acarinhando, lutando e guerreando,

ao som do sonífero dos florais astrais,

Que o sol que me margeia,

Da lua que me sombreia,

Do amor que me espera,

Da luta contra a vaidade.

Oh que bagunça,

que tantos que invejam,

mas então se há inveja

há brilho!!!! Viva!