COMPAIXÃO, (COM)DOR

Em meu sofrer

não há teus gemidos

Nos adejos de dor

não conduz o condor

Há um só um adeus, um temor

Mil preces improferidas

A Baco, a Prometeu

A Zeus

A um deus desconhecido

Reza à mágoa

Gotas de impura água

Ao fígado comido

Aos ateus

Aos que não têm sonhos

Nem céus

Promessa aos deles

Aos não meus

Ao que recebi sem me ser devido

Não saboreei nem permiti

Que alguém gozasse em ti

O gozo a mim prometido.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 07/06/2013
Código do texto: T4330160
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