Desta vez, SOLIDÃO!
Nestas horas vazias que me sobram me distraio em meio a tantos papeis e mergulho nesse sistema burocrático na tentativa de esquecer tanta solidão... Poderia sem dúvida estar em algum divã contando todos os detalhes desse momento em que vivo... Simplesmente é uma conseqüência do “amar”... Quando você lê aquele trecho de um livro que diz assim: “amar também é correr riscos, ou coisas do tipo, amar também é padecer no paraíso”. A primeira impressão é a de que todas essas frases são caretas demais... De fato, caretices à parte sempre há um “que” de verdade em tudo isso.
Há dois anos eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo, hoje, simplesmente estou no meio termo. Para me conformar costumo pensar que nós não sabemos da “missa a metade”, ou seja, Deus é que sabe o melhor para nós... Um fato curioso e muito constante é que todas as vezes que sofremos alguma decepção (e principalmente amorosa) costumamos nos entregar de corpo e alma ao trabalho, os pensamentos de magoa sobressaem à mente nos tirando até mesmo a alegria de contemplar novamente, e desta vez sozinho, uma noite de luar.
No entanto quando optamos por este sentimento tão nobre escolhemos também andar em uma corda bamba, outrora estamos felizes e repletos de serenidade, outrora, estamos angustiados porque tivemos uma discussão minutos antes de sair de casa e tudo ficou por resolver... Assim, os dias, as horas parecem intermináveis, e sinceramente neste dia nada mais vale à pena.