SÊNIORS, OS VELHOS DE BRASÍLIA

Velho nunca foi sinônimo exclusivo de obsoleto, desgastado, decadente etc.“Coco velho é que dá azeite”, diz um provérbio. O vinho quanto mais envelhecido mais depurado e apreciado. As pessoas mais velhas são mais experientes e, por conseguinte, mais respeitadas por suas sabedorias _ atesta o conhecimento tradicional.

Mas esses conceitos só tem sentido quando tratamos das culturas mais tradicionalistas, como as orientais. Para se referir aos tradicionalismos na sociedade brasileira temos que retroagir às civilizações tribais, os povos mais primitivos do Brasil, como Tupinambás, Caetés.

Os povos oriundos da África primavam pela tradição e cultuavam a sabedoria dos mais idosos. Para os indígenas tanto o Morubixaba, o tuxaua e o Pagé eram indivíduos com mais idades, portanto dotados de experiência, vivência e consequente sabedoria. Os pretos velhos, na cultura oriunda da África eram os homens com idades avançadas e que já tinham adquirido, com o passar do tempo, sabedoria suficiente para aconselhar e conduzir os mais jovens.

Os senhores da república, quer dizer, os cidadãos responsáveis pelos destinos da nação nas mais diversas esferas e poderes: judiciário, legislativo e executivo superior, possuem, em sua maioria idades mais avançadas, os chamados sêniors.

Os últimos episódios ocorridos no Brasil afora, com manifestações que implicam em insatisfação nos mais diversos setores tem impacto no Senado Federal, a casa dos sêniors. Os membros mais idosos da Casa das Leis parecem fechar os olhos para as situações mais deprimentes, pelas quais jovens de todo o país protestam e reivindicam providências. Alguns discursos ecoam do plenário do Senado, porém até o momento nenhum Idoso da Casa das Leis se levantou para se juntar aos manifestantes, apoiando a pauta de reivindicações.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 21/06/2013
Reeditado em 21/06/2013
Código do texto: T4351803
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