Céus e xícaras.

Hoje acordei com a lembrança de sonhos distorcidos que tive, algum sobressalto que não entendi bem por qual motivo sondava meu coração, com uma preguiça que queria me pregar na cama, mas eu não permiti. Olhei pela janela, para fora de mim e vi o quanto de vida que acontece além das minhas expectativas, e pensei em fazer algo diferente: ser minha melhor companhia e substituir seu lugar.

Nesse momento, olho a xícara emborcada na pia, com sua cor preferida, e, sem pedir explicações ao que sinto, pensei em você mais uma vez. Não que eu queira te trazer à tona na minha rotina sempre, mas é que eu faço sem pensar. Apesar de ter jogado fora roupas, sapatos, perfumes e livros, você está nos mínimos detalhes. E eu não te joguei fora de mim, o que é bem pior.

Mas, vamos lá, vou dar uma chacoalhada na vida, ver que há mais atrás da porta batida na cara. Tem tanto abraço querendo a gente dentro, que não posso desanimar. Não quero pensar que a estrada é sinuosa demais por causa da sua ausência. Não preciso de uma segunda chance velha de guerra, e sim de uma chance novinha em folha. Recomeço, isso!

Até pensei que fosse o céu. Que nada! é uma xícara idiota que me traz você.