SOBREVIVENTE!
SOBREVIVENTE!
Mais uma vez a vida se manifesta de forma instigante
resistente a mais uma passagem incorrigível...
Tentam sua convenção, mas insistem sem convecção.
O povo nas ruas, suas reivindicações sendo expressas.
Valeu apenas tentar mudar o ser enquanto governante?
Enquanto superior, enquanto homens que detém o poder?
Poder de decidir estradas onde levam a incertos destinos.
O tempo é curto, o tempo voa, o tempo é de chuva...
O mundo está molhado, das ultimas chuvas que caíram.
E que caem, caem lavando a alma Dos injustiçados, dos
desprovidos de simpatia e sem padrinhos,
sem mãos estendidas...
Qual será o futuro do sobrevivente dessa guerra?
Amputado de sua moral, resgatado de sua trincheira,
em maca, carregado, ferido, sangrado e debochado.
Debochado do espírito, com o cinismo de quem ignora
sua dor...
Mas ainda tem a medalha que carrega no peito com o
orgulho de ter sobrevivido com honra e não ter fugido a luta,
nem se acovardou em batalhas...
Medalha merecida, condecorado com todas as honras.
Não pelo seu superior a que ele mesmo salvou a vida.
Mas sim por companheiro que sabe reconhecer a bravura
de um soldado...
Um escudeiro, a quem daria a sua própria vida da terrível
batalha, para poupar vida daquele companheiro e amigo...
Essa medalha que vem como forma de elogio e reconhecimento
do bom soldado que é e que deu toda sua vida.
Nessa guerra que se chama reconhecimento profissional.
Escrito em 13 de julho de 2013, por Orlando Oliveira.