A impotência ...
Não consegue, não pode, não faz ...
Mãos atadas, pés paralisados, boca amordaçada, olhos vendados.
Incapaz, insuficiente, inútil ...
Endurecida e petrificada, ao mesmo tempo amolecida e inanimada.
Desespero, angústia, fraqueza e tristeza a acompanham ...
Acuada, inquieta, infeliz e solitária, assim é ela.
Sentimento cruel e amedrontador, nele não há paz, só a dor ...
Insegura, imatura, covarde ...
Impede, detém ... anula, rotula e se acumula ...
Limita, parece infinita ...
A cura vem da ajuda, da confiança e do apoio.
Há de ter fé que ventos vão soprar, as nuvens se dissipar e que o sol brilhará.
Esperar, esperar e esperar ...
Dia após dia ... dando um passo de cada vez ...
Paciência ... ciência da paz ...
Todavia não se esqueça, ela poderá retornar ...
É um sentimento humano e, por isso, imperfeito, passageiro ...
O homem é impotente até contra sua própria impotência ...
Mas ela é necessária para que se coloque em seu lugar e reconheça sua condição de ser, que só não se basta.
Que não pode tudo e, às vezes, não pode nada ...
Na existência da impotência há um lembrete:
"És pequeno, medíocre, insignificante e carece de Deus, pois Ele é o único Onipotente ..."