Ódio e dor


Acredito que não haja novidade no que vou comentar. Vendo um filme com meu filho apareceu a seguinte assertiva: “Enquanto houver ódio, haverá dor”. Sim, o ódio é contra a vida e a dor é parceira do ódio, dor de quem odeia, e dor que o ódio obriga a fazer com os irmãos. Eu acrescentaria, talvez sem nenhuma novidade, que: “Enquanto houver dor, sofrimento, abandono, segregação, exclusão e miséria, aí haverá, mais cedo ou mais tarde, ódio”. Será um ódio de quem já não tem mais nada a perder, pois que a própria dignidade humana já foi perdida quando a sociedade o fez um nada, quando a desumanidade coletiva de nossa sociedade o fez perder a autoestima e a relação do que seja ser humano, e ainda o culpa como se um pária fosse. Não deixamos para eles lugar para existirem como humanos, e ainda os culpamos pela miséria e pelo estado de abandono, porque nos falta coragem de nos ver culpados.
 
A sorte da nossa sociedade é que eles não sabem a força que teriam se se unissem, pois que não tendo nada a perder, tudo para eles é permitido e toda vitória é uma forma de melhorar o que são.

 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 10/08/2013
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