AMOR DESCARTADO!
Meus olhos!
Os mesmos olhos tímidos, fundos
Que de sede brota em águas, cítricas
Aquele que os revelam, amores
Tudo que nivela ou equipara, dores
Acanhado, retraído agora, frio
Morrendo minhas esperanças, lanças
Comparando com o dia de ontem, avante
As minhas pegadas rasas, cansadas
Nessa trilha de espinhos e dor, tal
Nas armadilhas traiçoeiras, da vida
Minhas rezas em fé ajoelhados, castigados
Marcando terrenos em covas, rasas
Com cruzes cravadas na terra, homenageiam
Guerreiros com ideologias e suas ideias, mil
Caminhos estreitos em histórias, brio
Os amores descartados em oceanos e mares, imaginário
No espelho meu olhar se apresenta, fixo
Meu rosto molhado registra, é notado
Em voz brado, levada pela ventania, ecoa
A sombra da catingueira, descanso
Abrigado do sol ao leu, do norte
Fome e sede, amor é sorte, destino
Vida de peleja e amores descartados agora,
sem beijos nem abraço.
Escrito em 30 de agosto de 2013, por Orlando Oliveira.
http://bandapelomenos.blogspot.com.br/