O SABOR DAS CONQUISTAS AMOROSAS

A questão não é apenas comportar-se de uma forma politizada que possa agradar e conquistar uma pessoa, porém, não sendo essencialmente natural. Essa politização mecânica não agradará as partes, a posteriori, sendo assim, sugeriam os questionamentos e os desencontros de valores, principalmente, os buscados no outro que venham suprir os nossos, visceralmente, aquilo que não temos ou temos, mas não conseguimos expor ao mundo (meio social vivido). Então, o medo não deve ser enraizado em não querer perder alguém, mas, o medo deva existir em não ser você mesmo com o intuito de agradar alguém apenas agora - efeito curto, pobre e momentâneo -. É guilhotina certa!

Pois, nunca seria capaz de agradar por longo tempo.

Devido a isso (escolha), é importante notabilizar que, as relações conjugais então dando burro n'água. Diante do exposto, afirmo, que, as pessoas hoje transformam suas relações vividas em vitrines sociais para agradar ou adquirir um certo respeito axiomático das demais pessoas de seu próprio núcleo social. Não é verdade?

Vale salientar que essa vitrine social é mais frágil e cortante quando é quebrada, do que, a vitrine de vidro de um balcão de loja de qualquer shopping. É imprescindível ser você independente de qualquer circunstância, mesmo que caindo, errando e frágil, pois, a semântica da vida sempre levanta e oferece outros leques de oportunidades. É uma questão de coragem e autenticidade, mesmo que errando ou acertando. O acerto é subjetivo, mas a coragem e os sentimentos nobres, devem ser sempre objetivados. Eu vivo!

Assim, finalizo com um poema que deve ser lido e relido constantemente com força e vibração de "cláusula pétrea" do amor, bem como, nunca esquecido. Segui:

"Amor é um fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se e contente;

É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?".

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Louis Araújo
Enviado por Louis Araújo em 06/09/2013
Código do texto: T4469654
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