Assim se Segue

Assim se segue...

Tento ficar tranquila fingindo normalidade. Substituí as lágrimas desesperadas por um olhar apático.

Sim, é possível e funciona. Só não tenho certeza se vale a pena!

Durmo todos os dias contando os erros e eles são tantos!

Mas... a quais devo atribuir culpa a mim? Será que todos mesmos são de nossa responsabilidade? Será possível que não posso mesmo jogar um ou outro nas costas de alguém?

Dizem que as respostas estão ao longo do caminho, estão em nós e blá blá blá... Isso também me enche! Palavras sem rumo de um velho sábio... só me vêm a torturar.

Será que quando cruzar o bendito véu que me separa do meu lugar, vou obter o gabarito dessa prova de vida que me deram? Será que enfim vou descobrir que ser corajosa; desbravadora; apaixonada é errado?!

Será que vou ter a notícia de que aqueles que se mantiveram constantes, nem pra menos nem pra mais, apenas seguindo um fluxo, é que fizeram boa prova?!

Vou descobrir que os falsos, desleais, trapaceiros é que têm lugar a cabeceira da mesa de banquete!?

Será que chegarei e sem querer ouvirei uma discussão entre os Deuses sobre como solucionar o maior mal que já assolou o mundo que eles criaram: O maldito amor!? Doença que toma sua gente e as transforma em nada. Vírus que se alastra e destrói tudo que há pela frente. Doença para o qual eles perdem seus melhores guerreiros. Pois o amor os enfraquece. Os impede de tomar decisões e quando conseguem nunca é a decisão mais acertada. O amor os lança a covardia do suícidio, pois eles se sentam em meio ao caos só pra sentir a doença lhes comendo as entranhas...

Será que ao chegar a Terra de Verão serei ridicularizada?

Acho que serei julgada e não escaparei a uma condenação.

Ouvirei

"Condenada por não ter aprendido absolutamente nada com as experiências que lhes oferecemos e ainda assim achar que as havia aprendido e se vangloriar disso.

Condenada por se esconder atrás de falsas promessas pra jogar sua vida, o bem maior que lhe demos, fora!

Condenada por não ter tido coragem de machucar quando foi machucada. Condenada por não ter pedido muito mais do que precisava só pra testar seu direito.

Condenada por acreditar...rs... que o mundo era para tua tentativa de exploração apaixonada.

E mil vezes condenada por acreditar que eras tão importante ao ponto de colocar-mos alguém lá só pra ti."

Acho que nada há pra minha defesa. E ninguém também intercederá por mim.

Que assim seja!

Maia Raganah
Enviado por Maia Raganah em 10/09/2013
Código do texto: T4476381
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