UMA MINORIA, FELIZMENTE, DA CLASSE MÉDICA BRASILEIRA, NOS ENVERGONHA!

(texto escrito por jlc- jan)

Alguns de nossos médicos brasileiros, felizmente uma minoria, verdadeiros mercenários, nos envergonham com suas absurdas alegações e exigências: negam-se a trabalhar nas regiões mais pobres do nosso país, culpam o governo por não lhes dar aparelhagens para complementação de seus diagnósticos e nem lhes pagar salário compatível, além da falta de hospitais. É nesse momento que, envergonhado, lembro-me dos VERDADEIROS MÉDICOS – OS MÉDICOS SEM FRONTEIRA - ESSES SIM, AMAM A SUA PROFISSÃO E DIGNIFICAM-NA, RESPEITANDO O JURAMENTO QUE FIZERAM NA SUA FORMATURA – VERDADEIROS ABNEGADOS – QUE NADA TÊM E POUCO OU NADA RECEBEM, PARA EXERCER SUA NOBRE PROFISSÃO, ALÉM DO AMOR QUE A ELA TÊM, E A BOA VONTADE PARA, COM DENODO E RESPEITO AO PRÓXIMO, SOCORREREM OS SOFRIDOS AFRICANOS, VÍTIMAS DAS MAIS DIVERSAS DOENÇAS, GRAVES, QUASE SEMPRE MORTAIS, ADQUIRIDAS, NA MAIORIA DOS CASOS, PELA MISÉRIA E A POBREZA ABSOLUTAS. Não FALAM A LÍNGUA LOCAL E, NEM POR ISSO, DEIXAM DE FAZER ANAMNESES E DIAGNOSTICAR AS MAIS DIVERSAS DOENÇAS, MOVIDOS SÓ PELA HUMILDADE, BONDADE, COMPETÊNCIA E O AMOR QUE TÊM PELO PRÓXIMO...

Nós deveríamos exigir desses MERCENÁRIOS, PATRÍCIOS, que SEJAM MENOS PERNÓSTICOS, EGOCÊNTRICOS e respeitem, a inspirada decisão do Ministro da Saúde e, principalmente, aqueles seus colegas que, por ele, foram convidados e aceitaram, profissionais respeitados e competentes, vir de outros países, não nos interessam quais, para ajudar o nosso a encerrar com essa vergonha de alguns desses péssimos profissionais, que se arriscam com suas atitudes, a denegrir sua profissão, com o perigo de torná-la, NÃO MUITO NOBRE, aos olhos do nosso povo. O CORPORATIVISMO DA CLASSE, DEVERIA ENVERGONHÁ-LA, AFINAL O MINISTRO DA SAÚDE APENAS CUMPRINDO A MISSÃO PARA QUAL FOI DESIGNADO COM INSPIRAÇÃO LOUVÁVEL RESOLVEU DAR UM BASTA NO SOFRIMENTO DOS MAIS HUMILDES DAS CIDADES E SUAS PERIFERIAS, EM TODO O PAÍS, PRINCIPALMENTE NO NORTE E NO NORDESTE TÃO SOFRIDOS.

Lembro-me com tristeza de um fato grave que assisti quando, ainda jovem, cheio de sonhos e de esperança, estudava no pré-vestibular de MEDICINA, pois sonhava ser médico cirurgião. Sonho que terminou quando fui convidado por um primo, médico pediatra, para que o acompanhasse em seu plantão noturno, num hospital da zona norte do Rio, que ele alegara seria benéfico para minha convicção de me formar médico. Feliz e empolgado, como todo jovem, aceitei o convite e o acompanhei ao seu local de trabalho.

Lá, depois de algumas horas, já era madrugada, chegou ao nosocômio, uma senhora negra, com seu filhinho ao colo. Vendo-a nervosa, aproximei-me e perguntei:

- Senhora, seu filho me parece estar muito mal, o que ele tem?

- Ele não está respirando normal...

Ao ouvir aquela declaração pedi-lhe que se acalmasse e disse-lhe que iria chamar meu primo, pediatra e, ato contínuo, invadi correndo o corredor interior do hospital para procurar meu primo, tendo sido orientado a encontra-lo no local reservado ao descanso. Pois bem, quando adentrei o tal local, encontrei meu primo dormindo, profundamente. Imediatamente o acordei e pedi-lhe que fosse atender uma criancinha que, no colo de sua mãe, respirava com dificuldade e necessitava urgente que fosse socorrido por ele... Atônito, ouvi a seguinte resposta do fdp do meu primo:

- Calma, primo! Vou dormir mais um pouco e depois vou vê-lo...

- Como calma, cara? Você veio aqui para dormir ou para trabalhar? Levanta cara, a criança está muito mal...

- Aguarda lá que eu já vou!

Esse “eu já vou” dele, levou mais de duas horas e, num certo momento, quando olhei para a criança ela parecia já morta, fato que comprovei quando nela toquei.

Foi então que, num ataque de furor incontrolável, invadi o quarto de descanso do fdp e acordei-o dando-lhe uma porrada. Assustado, com minha súbita atitude, o fdp, então, tomou conhecimento da morte da criança;

- Não precisa mais levantar não, continua deitadinho, meu bom viadinho, seu pretenso cliente faleceu e, a partir de hoje, você está proibido de me dirigir a palavra, seu incompetente e irresponsável...

Dito isso, decidi que jamais estudaria medicina e, esse fato, agora, me remete a uma declaração, do então deputado Lula, quando pediu o cancelamento do seu mandato, alegando, numa sessão da Câmara, a seguinte justificativa: “... para não conviver com pilantras!”.

Foi o que eu fiz e, sem nenhum arrependimento soube, muitos anos depois, que meu irresponsável primo falecera, sem que eu jamais lhe dirigisse a palavra. E, hoje, eu tenho o desprazer de perceber que essa profissão, tão nobre, ainda possui, infelizmente, uma minoria de médicos irresponsáveis e mercenários, que se formou, ALMEJANDO, tão somente posição social e os ganhos que poderia obter...

Quero indagar aos meus pares: Quem já esteve internado no CTI de um hospital e assistiu essa vergonha, que é, a irresponsabilidade de alguns médicos - dormirem a noite toda - deixando para as enfermeiras as responsabilidades que deveriam honrar?

UM GRITO DE ALERTA:

Permitam-me acrescentar o quê, de revoltante, está acontecendo, agora, com a classe médica brasileira, nos consultórios. Quando vc procura um médico e apresenta sua carteira de um plano de saúde, qualquer, e solicita a atendente que marque uma consulta, seja pessoalmente ou por telefone, imediatamente ela diz, evidentemente cumprindo ordens se seu patrão inescrupuloso que: "só posso marcar a sua consulta para o daqui a dois meses pois a pauta já está cheia.

Isso é uma vergonha que deve ser denunciada às autoridades em geral, inclusive à RECEITA FEDERAL.

Lutemos para acabar com essa ignominiosa e desonesta atitude covarde de alguns médicos credenciados por seu plano de saúde...

jan

jlc
Enviado por jlc em 12/09/2013
Reeditado em 26/02/2015
Código do texto: T4478836
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