Extremos



Não sou um homem de extremos, sou um ser que busca a verdade, não a minha verdade, não a verdade que deveria ser verdade, não a verdade que gostaria que fosse verdade, busco sinceramente toda a verdade, sabedor que sou de que, apenas, posso conseguir alguma verdade, mas de novo não sou, necessariamente, um homem de extremos, mas me uso sim dos extremos como forma de mensuração e tabulação, como forma de buscar os limites, meus, da realidade e dos outros, e assim testar continuamente o que realmente penso e o que realmente pode ser parcela de alguma verdade. Utilizo-me assim dos extremos como uma espécie de ajuste fino do que sinto, do que sou, do que sou capaz, e do que realmente penso e entendo como possibilidade, de verdade, das verdades.
 
Tendo a ser um homem de paz, mas, por favor, não confundam paz, respeito, consideração, defesa das liberdades como sinal de fraqueza, não o é. Sei ser um homem de paz, e tenho medo do homem de extremos que posso ser. 
 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 17/09/2013
Reeditado em 17/09/2013
Código do texto: T4486229
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