TERNOS MOMENTOS, DURAS PALAVRAS

Esperei, ouvi... Palavras doces e meigas não vieram. Talvez porque tenham ficado perdidas ou tenham sido deixadas pra trás nos encontros já remotos, nos antigos emaranhados dos nossos abraços e "apernaços". Mas elas existem; bem sei.
Talvez que os gemidos de prazer e da saudade do que não existe tivessem abafado as vozes dos anjos - já habituados às palavras duras nessas horas ternas.
Quem conhece o oportuno e o inoportuno alí, na ternura? Nas vias dos erros que cometemos? e pelas quais, quem sabe, se houve acertos, nos qualificamos e nos abusamos, retiramos ou inventamos outros verbos? ininteligíveis e desconexos, impertinentes e abusivos...
As palavras lindas vivem em nós e, quando demasiadas as ações, jazem, tenras ainda, e sem a menor qualidade. Graças aos Céus.
Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 21/09/2013
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T4491975
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