O Excesso de Dor; Anestesia

O excesso de dor: anestesia”.

- Achei que os mais velhos fossem desentendidos de assuntos atuais, mas, logicamente, me exaltei. Essa frase foi dita pela minha avó.

Nesses últimos dias me propus a observar tudo: paisagens, animais, roupas, pessoas, culturas, dialetos, ortografias, sotaques, arquiteturas, sinalizações de trânsito, experimentei algumas drogas, coloquei o pé no asfalto; na grama; na areia, brinquei com os cachorros, chorei com músicas e filmes românticos, me diverti com vídeos bizarros no YouTube, me enchi de novos sonhos e me envergonhei de minhas antigas ambições. Mas o principal é que ao observar as pessoas, percebi que há sentimentos que não se enquadram a nenhum tipo humano. Ora para o bem, ora para o mal.

Houve ocasiões em que fiquei sem palavras. Algumas pessoas têm o poder de transformar qualquer ambiente. Algumas são negativas, mas não o fazem por mal, outras fazem questão de ser. De contrapartida, nessa semana apareceram pessoas maravilhosas em minha vida, outro dia desses, tive a certeza de que anjos existem.

Só por ser perfeitamente cômodo e bom, muitas vezes temos a terrível limitação do ACHISMO EXACERBADO e achamos que tudo é pra sempre.

É o mesmo sentimento de quando você corta o cabelo e não gosta do corte. (Aquele corte parece ser eterno). Eternidade é uma palavra engraçada, algumas vezes uso-a para incrementar minhas gírias irônicas, mas até onde eu sei nada é. A única exceção vai para o universo que, por sua vez, é infinito: sem começo e sem fim.

Tenho aqui, uma lista de coisas que parecem infinitas: Vibe de música eletrônica; viagem de carro; missa; espera no consultório médico; aula de matemática; livros da J.K. Rowling (infelizmente); a vida dos cães que é curtíssima, mas a gente ama tanto que acha que nunca vão nos deixar.

Será que criar o universo foi ingenuidade do criador ou desespero ao permanecer só? – Criador?! Será?

Observei também o amor na vida das pessoas, e percebi que: o amor é voar.

Mas o estopim de todas as relações era a capacidade metamórfica que uns possuíam e outros não. -Admiro características que não tenho.

Entretanto; uma característica que corre pelas minhas veias é dom de sobreviver e, principalmente, permanecer forte. Confirmo a frase dita pela minha vó: “ O excesso de dor anestesia”.

Lucas Guilherme Pintto
Enviado por Lucas Guilherme Pintto em 06/10/2013
Código do texto: T4513169
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