Confissões da madrugada

Agora, nessa madrugada de Sábado, aproveitarei que existem poucas pessoas até essa hora acordadas, para fazer algumas confissões. Tenho alguns medos que perturbam-me, do qual vou compartilhar alguns deles. Tenho medo da solidão. Não aquela solidão de quando estamos sós, mas aquela da qual estamos cercados de pessoa e nos sentindo sozinhos por dentro, a solidão da alma. Confesso que as vezes me sinto assim, mas tenho receio de que isto se torne um sentimento permanente. Tenho medo da velhice. Como é estranho envelhecer, adoecer, ver nossos melhores tempos passando e ficando para trás e cada vez mais tendo a certeza de que a morte se aproxima. Tenho também um estranho medo, medo de aranha, aquele bicho asqueroso cheio de perninhas, nossa! Vamos para outra fraqueza. Esta talvez seja meu principal medo, do qual tenho medo até de ter medo. Tenho medo de pessoas. Elas roubam nossos sonhos, usam nossos corpos, machucam nossos sentimentos, nos aprisionam e nos rotulam, como se fossemos mercadorias e quando na beira do abismo nos empurram junto consigo.

Iziquiel Alves
Enviado por Iziquiel Alves em 12/10/2013
Reeditado em 12/10/2013
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