Arte
Quão inúteis são as minhas mãos,
quando toco as tintas nos pincéis.
São como canais de arte,
elas vem e vão nos painéis.
Não valeriam nem meus anéis.
Minhas mãos não são nada,
as tintas e os pincéis falam por si.
Eu apenas os manejo,
para que possa fazer falar a ti
que me acompanha sempre em si.
A ti, minha doce e bela arte
que está sempre a minha espera,
em nalgum canto à espreita
para que minha obra não seja quimera,
mas esplêndida obra sim, pudera...