Novos olhares

Olhar a imagem do mesmo ponto, e ver tantas outras imagens.

É como parar, rever os conceitos e repassar o que se tem feito,

É sentar no mesmo lugar e ver o céu com tantas mais estrelas.

Revisitar os sentimentos, e compreender todos os momentos.

É sentir a vida parar por um instante, e depois senti-la mais presente.

É chama-la para dançar num ritmo descompassado,

E de repente, no meio da música, encontrar-se numa dança uníssona.

É como sentir que o rio em que se banhou a primeira vez,

Agora conhece a temperatura do corpo.

É entrar em contato consigo mesmo, buscando o autoconhecimento,

E entender que você faz parte de tudo.

E compreender que tudo faz parte de você.

E sentir que a vida é uma eterna dança,

E que é preciso entrar no compasso para não perder a vez.

E então, abrir os olhos, e sentir como se nunca tivesse fechado.

E tornar a fechá-los como se nunca os tivesse aberto.

Porque todos os sentidos percebem a luz, e formam todas as imagens da vida.

E é nesse sentido, que se sente que o sentido da vida já não é mais o mesmo.

E então tudo passa a fazer mais sentido.

E o sentimento muda.

Então outras imagens nascem na mesma pintura.

E a tela da vida, ganha novas cores.

Porque a percepção já não é mais a mesma.

Karen Triacca (01/11/2013)