O que houve menina?

- O que houve menina?

- Não sei moço, talvez seja a vida, corrida, estranha, misteriosa, sofrida, vivida... Talvez seja a saudade, saudade de quem tanto se ama que se faz presente interiormente e ao mesmo tempo tão ausente, saudade de certas lembranças, de determinados momentos, nostalgia... Talvez o medo, medo do que a vida possa me proporcionar, não é medo do passado ocorrido, ou do futuro incerto, talvez seja o medo do presente, do agora, do hoje, ele se foi novamente sabia? Ele se foi mais uma vez, partiu, foi pra longe, mas está aqui comigo, “não há distância que separe dois corações”, “não há distância maior do que a distância do coração e da mente” ele foi novamente para sua jornada, não sei por quanto tempo, não sei se irá voltar, mas eu espero que ele volte independente do tempo, espero que ele volte e eu o reconheça, por que dói demais saber que ele não estar mais aqui, dói demais o que a vida fez com nós dois e é difícil de entender, é difícil de ir nessa correnteza da vida, mas não desisto eu não me canso. Sabe jovem, toda vez que eu fecho os olhos lembro-me dele, me vem uma sensação boa, por tudo que vivemos, pelas nossas ‘enrascadas’, os nossos planos interrompidos, pelo que ainda quero viver com ele, pelo que sinto intensamente aqui dentro de mim! - Oh vida, por que fez isso comigo?! Traz-me ele de volta, por que não diz que tudo isso é um susto e a verdade é outra? Traz-me ele de volta, de forma diferente, me traz mais uma vez aquelas nossas conversas sobre tudo e sobre nada, me traz os sorrisos bobos e envergonhados que ninguém jamais viu, os choros de cada medo de cada despedida, me traz de volta aquele menino alegre e sorridente, me traz de volta aquela menina de sorriso bobo e alegre, aquela alegria bagunçada, a troca de confidências, as conversas, as noites de sono mal dormidas, as manhãs e tardes tão lindas, cadê??? Por onde anda? Por onde anda cada um desses momentos que eu prometi revivê-los todo dia com ele? Sumiuuuuuu!!!!! A vida levou!!! Não era pra ser alguma espécie de monotonia da rotina, era querer reviver todo dia a certeza do quanto que é bom ser amada, era mostrar para ele o quanto que eu o amo, o quanto que ele é importante para mim, o quanto que ele significa para minha história e que eu posso ama-lo todo dia com a mesma força do meu primeiro eu te amo, por que foi o meu primeiro, o meu amor, o homem meu, o grande amor da minha vida. E me vem essa angustia profunda, essa espécie de certa realidade que me destrói em partes que me sufoca, que me entristece e me faz querer fugir, desistir, é a correnteza, e vem à tempestade e tudo fica mais difícil, mas eu me seguro, ele não está aqui, mas eu busco aquela força interior para continuar e continuo e sei que no fundo aonde quer que ele esteja, estará em harmonia comigo, poderá não ser no mesmo momento, não no mesmo dia, mas em algum período da vida haverá reciprocidade, eu sei e ele irá voltar moço, em algum momento, nem que seja para me falar: - “eu estou bem, mas nunca me esqueci de você!”.

Taísla
Enviado por Taísla em 04/11/2013
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