A Dor - Meu Desabafo e Meu Adeus Ao Recanto das Letras.

A dor se apossou de cada célula. Cada nanopartícula deste corpo é dominada e comandada por uma dor inigualável. Não apenas física ou emocional, mas uma dor anormal incompreendida e indescritível. E os sintomas não se resumem em coração partido ou amor desfeito, mas, principalmente, em algo muito pior e, quiçá, impensado:

A morte da esperança.

Analgésico, morfina... Coma. Mesmo em coma a dor permanece, como um predador, à espreita da renovação de cada célula para atacar e dominar... E se tornar aquilo que sou hoje: a dor em pessoa.

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Gostaria de agradecer a todos que sempre visitaram meu perfil, tiveram tempo de ler meus poemas, meus desabafos, minhas tristezas traduzidas em palavras.

Sinto muito, mas não posso continuar mais. Como sempre tentei deixar claro, meus textos, em sua maioria, não passavam de tentativas de expressar minha dor, botar pra fora os demônios que devoravam lentamente minha alma, as infelicidades e os momentos (momentos não, todos os dias) de solidão que vivi.

Cheguei a um ponto que a dor já não pode ser mais expressada. Que a solidão não apenas tomou conta, mas também acabou comigo mesmo. Como se nem minha alma mais me fizesse companhia. Os poemas de amor que escrevi, foram inúteis. Jamais tocaram o coração da (maldita) garota a quem eles se destinavam - afinal, o mancebo que a beija hoje jamais escreveu um poema sequer.

Atormentado por fantasmas do passado, pela dor do presente, a solidão tão presente e sem ter futuro, em nenhuma área desta vã vida, me despeço, agradecendo veementemente a todos que aqui visitaram e, de certa forma, perderam seu tempo lendo textos ruins cujo intuito era de fazer algo que hoje já não é possível: me livrar da dor.

Adeus e obrigado.

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 17/11/2013
Reeditado em 30/01/2014
Código do texto: T4575205
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