Encarar, é preciso.

Fiquei dias sem me lembrar de você, meu querido cantinho do desapego de lembranças.

Muitos foram os dias dando replay em uma mesma rotina de pensamentos intermitentes. Culpa minha não ter trocado de playlist e aproveitado melhor a passagem das horas. Culpa que não é tão minha assim, na medida em que não consigo apagar da memória as cenas imaginárias que me propus enveredar nas horas vagas, da sua ausência, da solidão que, ainda na sua presença, é somente minha.

Bastaria eu querer me esquecer das palavras proferidas na mais calma realidade de um passado não muito distante - e não pertencente a esta que vos fala. Portanto, questiono se gosto de me magoar para me sentir inspirada, já que aquelas frases ainda não se distanciaram da minha memória; e volto a percebê-las tão concretas em instantes obscuros como este de agora.

Sonhei com um mundo de amor, em que as pessoas pudessem ser sensatas, fiéis e menos emblemáticas. Mas quem é que não se cansa de sonhar e de achismos? Acordei desse eu dias atrás. Tão nada esse tudo que achei poder não se extinguir jamais.