Meu Eu...
Rendo graças a um espaço que não conheço do meu eu.
Aquele onde vou mas não decifro quando onde lá estive.
Lugar com muita sombra, umidade, não é de difícil acesso.
São arvores que trazem essa sombra, e a água da mina;
Caudalosa e fria refrigera aquele lugar simples e aconchegante.
Estou só; sentada em uma pequena pedra, sinto a brisa,
Vejo os raios de sol passar por entre as folhagens,
A quietude me faz sentir bem, a água cristalina que murmura,
Ao cair vagarosamente de sua nascente e segue sinuosa,
Entre os arbustos que crescem ao lado de sua margem.
Não sei o que faço ali? Quando estive naquele lugar?
Não é sonho, uma realidade remota, um tempo ido que não vivi.
Sei no entanto que me dá prazer estar nesse lugar.
Gostaria de viver hoje esse momento único e glorificar o criador.
De-me esse presente Senhor me transporta para esse lugar de paz,
E de pureza intocável dessa natureza que é só sua.
Sem que as mãos do homem tocasse ali.
Quero sentir o perfume das flores, ouvir o gorjeios dos pássaros,
Acariciar com minhas mãos as águas cristalinas, matar a minha sede,
De maneira simples com minhas mãos em forma de concha.
Fonte que não se vê com os olhos naturais, mas com a alma.
Sei Senhor que este lugar é verdadeiro, só você pode me levar até ele! Obrigado Senhor!