PERDENDO O COMPASSO
O primeiro compasso que ganhei anda por ai numa caixa de guardados. Era indispensável nas aulas de desenho, seu passo era do tamanho das pernas. Depois fui aprendendo malandragens para ter um compasso maior, um prego,um cordão e um lápis, pronto o limite era o cordão. Vieram as práticas de produzir parábolas, elipses e outras figuras.
Você aprende e a tecnologia avança, você estica a passada e emparelha, dai ela avança mais um pouco e você também até que você começa a tropeçar e a perder o compasso.
Com passos mais lentos talvez eu não quebre as pernas do velho compasso já enferrujado.